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SQL: Manipulação e Gerenciamento de Dados

Logotipo do SQL


SQL (Structured Query Language) é uma linguagem de consulta especializada em gerenciar e manipular dados em bancos de dados relacionais. Utilizado para realizar tarefas como inserir, atualizar, apagar e consultar dados, SQL é uma ferramenta essencial para quem trabalha com dados. Neste artigo, vamos explorar o básico do SQL, suas operações mais comuns e esclarecer se ela pode ou não ser considerada uma linguagem de programação.

O que é SQL? É uma Linguagem de Programação?

SQL é uma linguagem de consulta de dados (query language) projetada especificamente para interagir com bancos de dados relacionais. Embora muitas vezes referida como "linguagem de programação", o SQL difere das linguagens tradicionais (como Python ou Java) em diversos aspectos.

SQL é declarativo , o que significa que o usuário especifica o que deseja obter dos dados e o sistema decide como executar essa solicitação. Em contrapartida, as linguagens de programação convencionais são imperativas, exigindo que o programador descreva cada passo do processo.

Por que SQL não é uma linguagem de programação completa?

  1. Objetivo: SQL foi projetado exclusivamente para consulta e manipulação de dados em bancos de dados, enquanto linguagens de programação completas permitem a criação de aplicativos complexos e automação de tarefas.

  2. Controle de Fluxo Limitado: SQL, em sua forma básica, oferece controle de fluxo muito restrito. Linguagens de programação incluem estruturas completas de loops e condicionais, enquanto o SQL só possui esses recursos em versões contínuas (como PL/SQL e T-SQL) disponíveis em alguns bancos de dados.

  3. Natureza Declarativa: SQL foca em descrever o resultado desejado (ex.: “quero ver todos os clientes de Lisboa”) em vez de detalhar o processo exato para fornecê-lo. As linguagens de programação, por outro lado, seguem uma lógica passo a passo para produzir um resultado.

Extensões de SQL com Recursos de Programação

Embora o SQL não seja uma linguagem de programação completa, várias extensões de SQL, como PL/pgSQL no PostgreSQL e T-SQL no SQL Server, adicionam funcionalidades de programação, incluindo loops, variáveis e procedimentos. Essas versões, conhecidas como SQL processual , expandem a capacidade de SQL para controle mais detalhado da lógica de execução dentro do banco de dados.

Principais Comandos SQL

Os comandos SQL são divididos em cinco categorias principais:

  1. DDL (Data Definition Language) - Usado para definir a estrutura do banco de dados:

    • CREATE TABLE - Cria uma nova tabela.

    • ALTER TABLE - Modifica uma tabela existente.

    • DROP TABLE - Apaga uma tabela.
  2. DML (Data Manipulation Language) - Manipula dados nas tabelas:

    • INSERT INTO - Insira novos dados.

    • UPDATE - Atualiza dados existentes.

    • DELETE - Apaga dados.
  3. DQL (Data Query Language) - Foco na consulta de dados:

    • SELECT - Recupera dados de uma ou mais tabelas.
  4. DCL (Data Control Language) - Controle de acesso ao banco de dados:

    • GRANT - Conceder liberdades.

    • REVOKE - Revogação de leis.
  5. TCL (Transaction Control Language) - Gerencia transações no banco de dados:

    • COMMIT - Confirme uma transação.

    • ROLLBACK - Reverta uma transação.

Estrutura Básica de uma Consulta SQL

Uma consulta SQL é usada para obter informações das tabelas no banco de dados. Vamos analisar um exemplo simples:

SELECT nome, idade FROM usuarios WHERE cidade = 'Brasília ORDER BY idade DESC;


Este comando SQL faz o seguinte:

  1. SELECT: Define quais colunas serão retornadas (neste caso, nome e idade).

  2. FROM: Indica quais tabelas esses dados serão extraídos ( usuarios).

  3. ONDE: Filtra os resultados de acordo com uma condição ( cidade = 'Lisboa').

  4. ORDER BY: Ordena os resultados, neste caso, pela coluna idade em ordem decrescente.

Trabalhando com Funções Agregadas

SQL também oferece funções agregadas para realização de cálculos em grupos de dados. Algumas das mais comuns são:

  • COUNT(): Conta o número de registros.
  • SUM(): Soma os valores de uma coluna.
  • AVG(): Calcula a média dos valores.
  • MIN() e MAX(): Retornam o menor e o maior valor, respectivamente.

Exemplo de uso com funções agregadas:

SELECT cidade, COUNT(*) AS total_usuarios, AVG(idade) AS idade_media
FROM usuarios
GROUP BY cidade
HAVING COUNT(*) > 10;

Neste exemplo, listamos as cidades com mais de 10 usuários e calculamos a média de idade dos usuários em cada cidade.

Junções (JOINs) em SQL

As junções são usadas para combinar dados de duas ou mais tabelas com base em uma condição. Existem quatro tipos principais de junções:

  • INNER JOIN: Retorna apenas as linhas onde há correspondência em ambas as tabelas.
  • LEFT JOIN: retorna todas as linhas da tabela da esquerda e as correspondentes da tabela da direita (ou NULL não há correspondência).
  • RIGHT JOIN: Semelhante ao LEFT JOIN, mas retorna todas as linhas da tabela da direita.
  • FULL JOIN: Retorna todas as linhas quando há correspondência em uma das tabelas.

Exemplo de apresentação entre duas tabelas ( usuarios e pedidos):

SELECT usuarios.nome, pedidos.valor
FROM usuarios
INNER JOIN pedidos ON usuarios.id = pedidos.usuario_id;

Este comando retorna o nome dos usuários e o valor dos seus pedidos, considerando apenas os casos onde existem correspondências nas duas tabelas.

Dicas Práticas para Trabalhar com SQL

  1. Use aliases para facilitar a leitura: O uso de aliases (AS) ajuda a abreviar nomes de tabelas ou colunas, deixando as consultas mais claras.

  2. Cuidado com o NULL: Sempre trate valores NULL nas consultas, pois podem gerar resultados inesperados.

  3. Otimize consultas com índices: Crie índices nas colunas mais consultadas para melhorar o desempenho.

  4. Teste sempre com um número limitado de registros: Use LIMIT para verificar o resultado das consultas em tabelas grandes.

  5. Evite o uso de SELECT * em produção: Especificar colunas melhoradas em desempenho e legibilidade.

Conclusão

SQL é uma linguagem de consulta poderosa e essencial para quem deseja trabalhar com análise de dados, desenvolvimento de software ou administração de bancos de dados. Embora SQL não seja uma linguagem de programação completa, suas funcionalidades são suficientes para operações complexas de dados, especialmente em sistemas de banco de dados.

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